terça-feira, março 20, 2007

Beirut


Já faz um tempo que não venho por aqui. Não é exatamente a negligência rotineira que acontece com alguns blogs plocs, mas apenas uma distração ou qualquer uma dessas crises de identidade não comuns quando já não há adolescência. Fiquei por algum tempo pensando sobre a minha vontade de escrever, a minha vontade de ler. Não sei, passo pela fase Merriam, como todos os aspirantes a etnomusicólogos já enfrentaram, e fico sem saber como equilibrar a ficção, o desejo, a vontade de dormir em contraposição ao latente pedido cerebral de produzir. Eu realmente queria ser mais organizada, o que não é tão fácil; muito menos quando idéias e pensamentos são mais acelerados que os batimentos cardíacos. Quase sempre tenho brilhantes idéias, que não se tornam brilhantes porque acabo indo conversar com o travesseiro e - até o próximo dia!


Por outro lado, o desejo, como havia mencionado, tem me feito pensar sobre filmes que vi, músicas que ouvi e sonhei. Ano passado eu ouvi um álbum chamado Gulag Orkestar e eu quase prendi a respiração, na tentantiva alucinada de não deixar escapar nada. É insuportavelmente bom. Essa semana, alguns meses após minha primeira audição, li uma pequena nota na revista Bravo, que dizia assim: Zach Condon é uma altermativa para quem já cansou do pop repetitivo. O tal moço em questão é o único integrante da banda Beirut e o primeiro CD da banda é o Gulag Orkestar, que me causou tanto impacto.


Bom, enquanto eu escrevo a tal monografia, eu vou assistindo filmes e me impressionando com alguns. Ontem, em meio a tempestades e notícias desagradáveis, eu vi o segunda-feira ao sol, do Fernando León. Claro, tem o Javier Barden no elenco, isso já é uma suspeita - uma quase-certeza que o filme tem algo a dizer. Angústia, angústia, decadência e decadência. Eu me vi perdida após o término da película, sem saber por onde começar. Está tudo lá: solidão, desemprego-desespero e medo.


É isso.

9 comentários:

Anônimo disse...

é janoca, há coisa que são insuportavelmente boas...boas demais que dá dó deixá-las escapar tão rápido. Não tenho o hábito de provar tudo nas 24 horas que me são dadas todos os dias, sempre acho que viverei mais,por isso...faço listas de filmes que quero ver, coisas que vou comprar...adiando sempre essas miudezas gostosas...ainda vou conhecer muito livro bom, comprar Cds irados e conhecer Blogs legais...mas, por hoje... tá bom demais, deixa um tanto para amanhã.
Bjs
da tua amiga
Thonty

Anônimo disse...

sinto agora o gostinho doce dessa profissão..meus alunos lotam o msn e são muito carinhosos...tenho novas turmas agora,novas carinhas e a vontade grande dentro de mim de fazê-los sentir a língua,a literatura, os livros. Jana,tem alguns alunos que lembram muito o que tu foi. Eu penso: Acho que vai ser um cientista social! Alguns são bem inteligentes, me surpreendem...são bem criativos...
Estou com um projeto na 1º série. Vamos montar um blog e publicar os trabalhos e produções textuais.
Bjs animados

Anônimo disse...

surpresa boa ter notícias tuas, pois só fico sabendo de ti pelos outros.
que bom ver teu blog ativo de novo, ainda mais com um layout tão mais lindo.
não queria ser repetitiva, mas impossível não dizer sempre que sinto uma falta enorme de ti e do teu jeito carinhoso.
boa sorte na mono, linda. beijos em ti e no maridão!

Unknown disse...

É esse dia a dia que me encanta mais e mais. Vejo o teu crescimento como ser humano nas pequenas coisas, no prosaico. Um brinde à dúvida e a curiosidade!!!
É muito bom viver ao teu lado...

Anônimo disse...

sem pressão: depois de tanto tempo, é bom ter restabelecido contato.
beijo!

Anônimo disse...

jana, pego o meu mimo em tua mão, quando da vinda anunciada em e-mail. a gente bota o papo em dia. ansioso. abraço!

croqui disse...

olá! pois é tens andado desaparecida!

olha que a blogosphera precisa de ti ;-)


jokitas

ps:crises de identidade não escolhem idades!

Tanara Da Silveira disse...

ahh... ér... bem...
eu entendo.


.

[inté]

Anônimo disse...

Jana..
e o Porto ?

notícias?
Bjs coloridos