terça-feira, dezembro 13, 2005

Poema presente

Albas a Terpsícore*
a janaína campos lobo, humildemente
Vinícius Bezerra

rente a

sua verve
sua práxis
me desfaço
em contentamento
quando deslaço
os nós dos
sapatos do tempo
cativante mais se
torna seu encanto
a seiva dos teus campos
ceifa as agruras da terra
calçadas as sandálias
de guerra
o peito é todo rasgamento
ó iemanjá
a ti entoamos cantos do alvorecer
e canções de silêncio
há mar janaína
[dois pontos]
com uma alavanca em punho
nós movemos o mundo
em meio
ao jardim de asfaltos
brota
uma violeta
de outono


*albas=cantos do alvorecer
terpsícore=musa protetora da dança da poesia lírica e do canto; mãe das sereias


(Surpreendente! Recebi esse poema do Vini, meu doce Vini, como se fossem flores... Gostei como gosto do aroma. Um beijo saudade, queria ser mais presente, queria te dar mais abraços. Tuas palavras sempre me convidam a um passeio pelo desconhecido.)

3 comentários:

Anônimo disse...

quando deslaço
os nós dos
sapatos do tempo

isso é lindo e uma blusa branca!!!
beijos

Unknown disse...

"há mar Jnanaína"
De causar "inveja branca" por não ter pensado nisso primeiro.
Muito bom!!!

o caminho do meio disse...

conheci vinícius ontem. um amor de pessoa. que nem vc :)