terça-feira, maio 16, 2006

Poema ao homem do meu tempo

tão rápido
quanto o nascer do sol
ele guarda
os tons -
vermelho-púrpura-carmim
os sons das cores que brotam -
efêmeros sob a pálpebra
***
tudo resulta de um súbito e instantâneo
meditar sobre a cordas
um suave e ligeiro desconcerto
de mãos que calam enquanto
ele estrangeiro do meu corpo, lasciva
fêmea ante os desejos do cio
***
esse clarão calado que dura
minutos em mim
possui a beleza dos dias claros,
a sofreguidão das noites (cujas gotas da chuva escapam da caça dos telhados)
a delicadeza de um vibrato ostensivo e interno
e entranhas:
***
como se fosses nascer tu em mim
tu nascendo do ventre colorido
e descobres, amor,
a matéria viva
essa carne em sentidos, o girassol
se pondo.
***
(recolho-me para enxergar a melodia do sono, tão harmonioso quanto a ação anterior. ele, exausto do movimento de nascer o prazer escondido, ri - quase imperceptivelmente)

28 comentários:

Anônimo disse...

, "o girassol se pondo" é espetáculo para olhares.
sinto músicas por entre tuas letras.
|beijos meus|

Unknown disse...

idem

C G M disse...

queria ter te visto tanto. beijo meu nessas tuas imagens bonitas.

Anônimo disse...

"um girassol se pondo" é um poema, seja o referente, seja a linguagem.
Muito boas essa paragens daqui.
abraço meu.

eSQCer disse...

Andei meio sumida, né?! Tô retornando devagar. Me atualizei no seu blog: li os últimos textos que vc postou, que ainda não tinha lido. Senti alguma coisa inexplicável. Não sei se melancolia ou angústia, ou ainda simples tristeza. Mas não se preocupe: foi bom sentir... Bj.

Unknown disse...

Perceptível para quem sabe le-lo. Tu me sabes...

Anônimo disse...

EU gosto daqui. Oh cancioneiro danado de bom!

Anônimo disse...

e desço colorida por tuas palavras... passo sempre por aki tb e brigadaum pelas idas nos meus caminhos tortuosos, no pau da baladeira ou naum... bjo, jana!!!

Anônimo disse...

eta, que essa menina é gente mesmo. eu demoro a andar por aqui e qnd apareço ela me mostra essas palavras de doer a cabeça. eta menina bonita, sô. eta menina que eu amo. saudade é pedra que não fura com água.

croqui disse...

poema lindo como sempre...
melodia do sono... adorei esse pormenor!

Anônimo disse...

o homem do seu tempo guarda as mais belas matérias do universo. todas dadas por você.

Anônimo disse...

como pude ficar tanto tempo sem passar por aqui?! ai como sentia falta da gota de tuas letras, todo correnteza, enxurrada violenta. puxa que saudades

C G M disse...

quero te ver.

Alexandra disse...

olha antes de tu ir vamos marcar alguma coisa. beijus.

Anônimo disse...

bom, bom. imagens marcantes neste poema. vim, vi e voltarei

sds

Ana Acadievna Karenina disse...

"Janoca o homem do meu tempo enviu rosas vermelhas..."(segredo) só tu sabe que ele é o BAUDELAIRE de minhas primeiras rosas..."

Anônimo disse...

ai jana que saudades pikena.. num vai embora sem marcarmos alguma coisa por favor.. tu e manu viu? suas malvadass

Ana Acadievna Karenina disse...

Janoca...qd? me diz...te amo
mulher do meu tempo...de qd éramos as rosas daquele vento...
bjs

croqui disse...
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croqui disse...

Ola Janaínha! há algum tempo que anda desaparecida! espero voltar a ver novos poemas seus em breve!

1bj

C G M disse...

olá??

Anônimo disse...

notícias por favor!

mande teu endereço de email, teu e de manu.
beijos coisa linda

Anônimo disse...

jana, manda notícias. abraço!

Anônimo disse...

um girassol se põe

sementes olham


o chão



beijo de arrudA, com a sua inspiração

Ana Acadievna Karenina disse...

JANA, que frio por aí...preciso te falar das montanhas mágicas de Floripa...desculpe não ter te avisado..estav presa entre as montanhas

Ana Acadievna Karenina disse...

Bitocas

Cérebro disse...

Me tocou bastante o que vc escreveu!!!

C G M disse...

mudança linda chuchu. saudades...